Para a migração de Empresa Familiar para Família Empresária é preciso não somente vontade e disposição, mas também um método que conduza tal transformação.
Nenhuma transição será bem sucedida sem linearidade de objetivos acordados entre os membros da Família. É fundamental a renovação das intenções convergentes visando a preservação das relações Familiares, da Empresa e do Patrimônio.
A recomendação é de que o processo seja então fundamentado nas seguintes premissas:
- DIREÇÃO:
O processo deve ser conduzido conforme um direcionamento objetivo, transparente e firme. A Família e seus membros devem ter um horizonte de resultados claros desta transição. Para onde caminhamos? Que resultados obteremos? Portanto, se os espero de forma positiva, devo seguir uma direção, uma rota, não somente para alinhar as minhas expectativas com os demais, mas também para potencializar os seus efeitos.
- DIÁLOGO
Não é possível mudar um modelo Familiar, Empresarial e Patrimonial sem conversar. É preciso saber ouvir, argumentar e persuadir, preferencialmente de forma humilde e despojada de passsionalismo. Caso não se dê atenção ao caso, os fóruns serão outros, mais traumáticos e de elevados custos emocionais, financeiros e econômicos.
- DECISÃO
É preciso ser assertivo e ter crença de que a decisão foi debatida, analisada e consensada. Uma vez que decidido o caminho, que o respeitemos e a honremos. A decisão reflete as nossas escolhas e a ela devemos prestar contas, pois é a síntese do que todos juntos queremos.
- DESENVOLVIMENTO
É o olhar para frente. É a certeza de que a transição nos fará desenvolver como Família, preservará e garantirá nosso patrimônio, e por fim trará progresso para a empresa. Além de deixarmos pra trás todos os ressentimentos, as diferenças pessoais e patrimoniais, também honraremos o legado do fundador, agora na perspectiva do crescimento e da edificação.
- DISCIPLINA
Não há crescimento sem disciplina. Há que se comprometer com a causa e para isso termos que nos doar com a cumplicidade do esforço de todos ao cumprirmos as nossas obrigações no processo. Devemos ser proativos, participativos e contributivos. Para isso é necessário que cumpramos nossas participações nos encontros e tarefas estabelecidas.
É desta forma que os 5 D’s contribuem para um processo eficaz de Governança Familiar, Corporativa e Patrimonial. Desde a o início do processo, a transição para o novo modelo.